Em plena fase de expansão internacional de sua carreira, Pabllo Vittar lançou no final de agosto o single “Mexe”, uma mistura de funk e k-pop, com participação do grupo feminino sul-coreano NMIXX. Cantada em inglês e português, a música é uma composição da jovem criadora de conteúdo digital canadense Charlotte Winslow e foi gravada em Seul.
É o segundo single do sétimo álbum de estúdio da cantora maranhense, chamada ano passado pelo jornal The New York Times de “a drag queen mais bem-sucedida do mundo”. O primeiro single, o reggaeton “Fantasía”, lançado em abril, também é uma colaboração internacional: nela, Pabllo divide os vocais com a estrela argentina Nathy Peluso.
O ímpeto global teve um ponto de partida muito específico: a viralização no TikTok, ano passado, da faixa “São Amores”, versão dela para o hit “Son de Amores”, lançado pela dupla espanhola Andy y Lucas em 2003.
"Eu nunca na minha vida, como uma artista LGBTQIA+ no Brasil, achei que fosse quebrar tantas barreiras”, resumiu a drag.
Lançado em meados de agosto, o EP “Esse Delírio Volume 1” vem sendo descrito como um projeto derivado, uma espécie de “spin-off” do álbum “Tara & Tal”, do ano passado. Além de cinco faixas escritas por ela (com parceiros como Julia Costa, Lou Caldeira, Lux Ferreira, Tz da Coronel e Tomás Troia), há uma regravação de “Foimal”, sucesso de 2017 do Boogarins, com participação da próxima banda goiana.
Em letras sobre amor, desamor, desejo, frustração e hedonismo, Duda encadeia as sonoridades eletrônicas que vêm perseguindo na carreira, como EDM, R&B, pop, abrindo espaço para as batidas do rap numa produção caprichada de Lux e Troia.
“Esse projeto nasceu do meu coração de forma despretensiosa, mas sincera. Espero que vocês gostem e ouçam muito enquanto se preparam para a chegada do DB4”, afirmou Duda, referindo-se ao seu quarto álbum de estúdio, previsto para o último trimestre deste ano.
Em turnê de celebração dos 25 anos do “Acústico MTV” que catapultou a banda para novos públicos na virada do milênio, o Capital Inicial relança aquele disco em versão deluxe, resgatando duas das gravações que haviam ficado de fora da edição final. “Belos e Malditos”, composição de Renato Russo, Alvin L, Bozzo Barretti, Dinho Ouro Preto e Loro Jones para o álbum “Todos os Lados” (1990), é uma delas. A outra é “1999”, composta por Dinho e Alvin L. para o álbum “Atrás dos Olhos”, de 1998.
“As duas músicas ficaram sensacionais, a gente não sabe por que não entraram no álbum”, afirmou Dinho num vídeo publicado em suas redes sociais. “Mexendo no arquivo descobrimos as duas canções perdidas.”
A turnê do show, “Capital Inicial: Acústico 25 Anos” vem rodando o país e já passou por cidades como Brasília (DF), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Uberlândia e Belo Horizonte, em Minas, Salvador (BA), Belém (PA), Recife (PE), Sorocaba, Ribeirão Preto, Campinas e São Paulo, no Estado de São Paulo, e várias outras.
O Traia Véia, um incomum projeto sertanejo que foge da fórmula das duplas e se apresenta em formato de quarteto, lançou no final de julho um DVD que dialoga diretamente com o início do projeto, nos bares de Guarulhos (SP). Em “Traia Acústico”, os companheiros de banda Edu Araújo, Dario Rodrigues, Vini Gouvea e Pedro Cordeiro reinterpretam sucessos como “Pra Mudar a Minha Vida”, “Você Vai Ver”, “Vendaval de Ilusões” e “Deixei de Ser Cowboy por Ela”, com pegada intimista e sem participações.
“Esse projeto é a nossa essência. É de onde viemos, com o mesmo clima de quando tudo começou”, disse Edu Araújo.
“Gravar em Guarulhos (na casa de shows Quinta do Embaixador), sem participações, foi uma escolha pensada para lembrar quem somos e como começamos: só a gente e a música”, completou Pedro.
A produção e a direção do show ficaram por conta de Dudu Borges, que destacou a ponte entre a estética moderna das apresentações do quarteto e o tipo de som que fazem: o tradicional modão de viola, que vem sendo resgatado por outros hitmakers do sertanejo, como Murilo Huff.
“O Traia tem uma verdade artística que emociona. Esse DVD é o lado A, com músicas que todo mundo conhece. Ele é puro sentimento”, descreveu Dudu.
Estourado em 2022 com faixas como “Aí Polly” e “Pitbull Enraivado”, o cantor e compositor baiano Oh Polêmico vem chamando a atenção com uma inusual mistura de pagodão com funk proibidão. Em versão acelerada, a 150 BPM, seu mais recente lançamento, a faixa “Em Qualquer Lugar”, abraça o encontro com o som das favelas do Rio num clipe gravado no Morro do Vidigal.
Convidado por Anitta para se apresentar em seu trio elétrico no último carnaval, Oh Polêmico, de 26 anos, é um jovem nascido e criado no bairro popular de Tancredo Neves, em Salvador, que se lançou ao filão das letras com referências sexuais.
“Comecei no funk, como MC Playboy, depois fui para o pagodão, tendo o meu pai como influência, já que ele tinha um grupo de pagode. Mas eu continuei acompanhando a cena do funk”, disse Polêmico ao site gshow, da globo.com. “Tanto o clipe quanto a música simbolizam a união entre as comunidades de Salvador e do Rio, mostrando o orgulho de ser periferia. Eu me vejo nas cenas da laje que gravamos. A laje representa a gente soltando raia, pipa, trocando ideia com os amigos.”
Os capixabas do Supercombo entregaram em meados de agosto a primeira leva de músicas do seu mais novo álbum, “Caranguejo”, com produção de Victor de Souza, o Jotta, e dos membros da banda: Léo Ramos, Carol Navarro, Paulo Vaz e André Dea. O lançamento de sete das 15 músicas inéditas que terá o disco segue a tendência de fragmentar álbuns na era do streaming. Entre as faixas está “Piseiro Black Sabbath”, single lançado em 13 de julho, e que revelou um lado mais irreverente do grupo.
As outras novidades se chamam “A Transmissão”, “Alento”, “Alfaiate”, “Hoje Eu Tô Zen”, “Nossas Pitangas” e “Testa”, composições assinadas pelo quarteto. Esta última traz versos como “Se viver é sofrer / Me deixa chorar com você / As nossas pitangas / Eu planto pra ver (Eu pago pra ver)”, misturando sensibilidade e ironia.
Gravado no estúdio Lua Nova, em São Paulo, o álbum brinca com sonoridades que vão do baião ao pop. A data de lançamento das oito canções da segunda parte ainda não foi anunciada.
Depois de 12 anos sem lançar um álbum de inéditas, o Oficina G3 confirmou que um novo trabalho chegará em 2026, encerrando o hiato iniciado após "Histórias e Bicicletas", de 2013. O anúncio veio por meio de um vídeo nas redes sociais, que também marca a reta final da DDG Tour — turnê comemorativa pelos 15 anos de "Depois da Guerra", vencedor do Grammy Latino em 2009.
O vídeo revisita momentos marcantes da trajetória recente da banda gospel, como a Tour Humanos — que reuniu ex-integrantes e deu origem a um filme — e a NADOQ Indy, dedicada a relembrar clássicos da carreira. O agora trio comenta que os últimos três anos foram intensos, com centenas de apresentações e plateias expressivas, além de encontros e reencontros que fortaleceram os laços entre grupo e público.
Ainda sem título, o novo álbum já tem arte de divulgação, mostrando Juninho Afram, Duca Tambasco e Jean Carllos ao lado das sombras de dois músicos convidados, cujas identidades permanecem em mistério.
Carlos Rennó (foto) é o nome por trás da concepção de “O Que Será do Cerrado”, EP que reúne Alexandre Carlo, Assucena, Chico Chico, Célia Xakriabá, Ellen Oléria, Marina Sena e Saulo Fernandes em defesa do segundo maior bioma brasileiro — e também um dos mais ameaçados. Com seis faixas, sendo três delas vinhetas narradas pela atriz Letícia Sabatella, o projeto tem três canções escritas por Rennó e César Lacerda e foi produzido por este último, mineiro de Diamantina, cidade situada no coração do Cerrado.
Todas as canções desse EP, que é também um manifesto ambiental, ganharam clipes dirigidos pelo Coletivo Bijari e pelos cineastas Ivan Canabrava e Tainá de Luccas.